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Como já foi mencionado, um cavernoma é uma malformação vascular, com um aspecto facilmente reconhecível em ressonâncias magnéticas, porque é semelhante a uma framboesa, e constituído por paredes muito finas e gotejantes. O cavernoma é, portanto, conhecido como malformação cavernosa cerebral (CCM) ou angioma cavernoso.
Os cavernomas localizam-se, principalmente, no cérebro e na medula espinhal.
A maioria das pessoas com cavernomas não apresenta quaisquer sintomas. Este tipo de cavernomas designa-se de cavernomas assintomáticos.
Estima-se que num grupo de 600 pessoas, uma delas terá um cavernoma assintomático. Os cavernomas podem se tornar sintomáticos em qualquer idade, sendo divulgadas, na mídia, entre os 20 e os 40 anos das pessoas.
Um cavernoma pode crescer e sangrar, sempre que aumenta de tamanho, podendo causar sintomas graves. O crescimento e o sangramento podem acontecer em qualquer idade, inclusive em crianças muito pequenas.
As pessoas com cavernomas não hereditários, ou seja, cavernoma esporádico, normalmente, têm apenas um cavernoma.
Os cavernomas são hereditários em cerca de 25-30% das pessoas com a doença, conhecidos como cavernomas familiares e tendem a formar-se em idades mais precoces. As pessoas com cavernomas hereditários normalmente têm mais de um cavernoma e, com o passar do tempo, podem ser identificados outros cavernomas.
Os cavernomas hereditários podem ser causados por uma mutação em qualquer um dos três genes: CCM1, CCM2 e CCM3.
A forma hereditária ou familiar do cavernoma não salta gerações, ou seja,
Cada filho de uma pessoa afetada com cavernomas tem cerca de 50% de chances de herdar também a doença.
No entanto, se os sintomas forem graves e o risco de sangramento frequente, o neurologista pode recomendar uma cirurgia para remoção do(s) cavernoma(s). Também podemos recomendar radiocirurgia estereotáxica a fim de eletrocutar através de radiação.
No Reino Unido, anualmente, são relatadas cerca de 160 pessoas com cavernomas sintomáticos, segundo os registos levantados pela associação britânica de cavernomas.
Em Portugal, desconhece-se o número total de cavernomas relatados, anualmente, dada a inexistência, até ao fim do ano passado, de um código específico para as malformações cavernosas relacionadas, mas desde o início de 2022 que o código para este conceito já existe .
O código da malformação cavernosa cerebral é 8B.22.41, em que 08 corresponde às doenças do sistema nervoso, 22 refere-se a certas doenças cerebrovasculares especificadas e 41 é o número específico atribuído à malformação cavernosa cerebral.