Testemunhos de pacientes

Carla Alvim

Sou a Carla Alvim, tenho 53 anos, vivo em Oeiras e sempre tive uma vida familiar e profissional normal.

Mas, num dia de novembro de 2019, o meu marido contou-me que acordei, emiti alguns sons impercetíveis, dirigi-me à casa de banho dentro do quarto, e de repente, caí batendo com a cabeça em vários locais. Ao ouvir o estrondo, o meu marido apercebeu-se de que eu não estava bem e socorreu-me de imediato.

Quando recuperei os sentidos, apercebi-me que estava deitada na cama, acompanhada  do meu marido e dos meus dois filhos, e ainda por elementos do INEM e Bombeiros.(...)


Tatiana Costa

Sou a Tatiana Costa, tenho 43 anos. Sou brasileira, empresária e vivo em Cascais, em Portugal.

Em 10 de junho de 2018, acordei a meio da noite com muitas tonturas e com visível falta de equilíbrio. Na verdade, não conseguia ficar de pé.

O meu marido levou-me de imediato ao Hospital de Cascais e, durante uns longos e ansiosos cinco dias, continuava com aqueles sintomas.

Durante este período fiz, primeiro, uma TAC, porque pensavam que tinha tido um AVC. Depois fui submetida a uma ressonância magnética sem contrate e outra com contraste.

O resultado destes dois importantes exames, ou seja, o diagnóstico que o médico me fez e comunicou foi muito desanimador, porque me disse que tinha localizado no meu cérebro dois cavernomas, doença que desconhecia totalmente. (...)


João Oliveira

O meu nome é João Oliveira e tenho 46 anos, feito, hoje, dia 11 de Outubro de 2022. Sou de Lisboa, local onde também resido. Sou licenciado em Direção e Gestão Hoteleira, com Pós-Graduação em Marketing Management, MBA Executivo em Gestão de Turismo e Negócios e um curso de especialização em Hotel Management de Cornell nos EUA, e por fim, uma especialização em Gestão de Marcas de Luxo no ISEG.

Em termos de conhecimentos técnicos, para já acho que está bem, e recomendo vivamente a todos que façam o mesmo. Trabalho neste momento e já há alguns anos, como Diretor Geral numa cadeia de Hotéis bastante conhecida. Tenho mulher e dois filhos lindos, uma menina de 13 e um menino de 15 anos. Sempre fui bastante saudável, e faço muito exercício físico, posso dizer que nunca fumei, apenas na adolescência, e bebo em situações de festa, ou convívio com os amigos e a família. (...)


João Próspero Luís

Bom dia a todos, e em particular aos novos membros do Núcleo Cavernoma Portugal. 

Venho aqui contar a história do meu filho, o Tiago, a quem foi diagnosticado cavernomatose múltipla. Com uma proeminente cicatriz do lado esquerdo, que é o sinal de que está vivo, e fala e anda e cresce, e atinge e chega onde os outros chegam. Nadador destemido, skater, biker e apaixonado pela viola. 

Um garoto emotivo, carregadinho de expressão e criatividade em bruto, desejoso de chegar ao cume da montanha, onde vai com certeza chegar. 

Em 2013, quando o Tiago ainda não tinha 5 anos, começou a queixar-se de dores de cabeça, muito localizadas, e a pedir para se deitar cedo, coisa nada usual. (...)


Samanta Duarte

O meu nome é Samanta Duarte e tenho 42 anos. Sou de Faro, onde também resido. Sou licenciada em Marketing Turístico, trabalho num hotel e dou aulas de Marketing numa escola profissional e faço ainda consultoria nesta área. Tenho um filho com 8 anos.

Sempre fui saudável, faço exercício com regularidade, não fumo e apenas bebo em contexto de festa. Em 2013, voltei grávida de uma longa viagem pela Ásia. A gravidez teve apenas alguns percalços normais, mas o André nasceu bem e saudável. Tirei uma licença de maternidade alargada, estive em casa 7 meses e tudo parecia estar a correr bem.

Um dia, senti-me cansada, muito cansada, mas pensava que poderia ser normal. O bebé acordava, de 2 horas em 2 horas, durante a noite. Durante o dia, estava tão ocupada com ele, que também não descansava e ainda me ocupava das tarefas domésticas. (...)


Pedro Ramos

Chamo-me Pedro Ramos, sou programador informático, e tenho 52 anos.

Passo a descrever o dia em que sofri um acidente vascular cerebral e, posteriormente, na sequência desse AVC, foi-me diagnosticado um cavernoma no tronco cerebral.

No dia 6 de Fevereiro de 2020, encontrava-me no trabalho em Lisboa, depois de ter regressado do almoço com alguns colegas. Estava tranquilamente sentado à secretária, quando subitamente comecei a sentir uma dor de cabeça e um mal-estar muito forte, com enjoos. Em menos de 10 minutos, deixei de sentir praticamente toda a parte esquerda do corpo: face, cabeça, ombro, braço, perna... Estava sentado e, pura e simplesmente, "escorreguei" pela cadeira abaixo (...)